Dia Mundial do Rock: Existe motivo para comemorar?

Chegamos a mais um Dia Mundial do Rock, comemorado no Brasil em 13 de julho, em homenagem ao Festival Live Aid, em 1985.

O festival, que aconteceu em Londres, Inglaterra, e Filadélfia, Estados Unidos, simultaneamente, reuniu nomes como Queen, The Who, Led Zeppelin, David Bowie, Dire Straits, Mick Jagger, Paul McCartney, entre outros grandes nomes da música mundial da época.

https://youtu.be/EjXetWK-Ur8

Se em 1985 o rock vivia um momento extremamente saudável, com diversas bandas circulando pelo mainstream, hoje, 36 anos após o festival e quase 30 desde que rádios brasileiras nomearam a data e a ideia pegou, existe motivos para comemorar o rock?

A resposta automática para o autor deste texto é, “sim”. Mas por quais motivos?

Pode parecer repetitivo, mas o rock nunca esteve tão vivo. Ele pode ter perdido o status mainstream e as capas de tablóides com escândalos sobre rockstar falastrões. Contudo, no underground e no midstream, bandas se multiplicam, produzem e movimentam cenas pelo mundo inteiro.

Alias, nunca foi tão fácil conhecer novas bandas. A internet está repleta de plataformas onde músicos apresentam seus trabalhos e divulgam novidades. Não existem mais desculpas para aqueles que dizem que não existem mais boas bandas de rock.

Que um raio caia na minha cabeça se você buscar novas bandas de estilos que te interessam e não achar nada bom, nem que seja apenas uma banda.

Novas cenas pelo mundo

Longe dos tradicionais meios de comunicação, mas abocanhando grandes públicos e ganhando notoriedade mundo a fora, há uma série de pequenas cenas com suas peculiaridades.

Há, por exemplo, no Reino Unido, uma nova onda influenciada pelo post punk com músicas pesadas e muita crítica social. Destacam-se alguns nomes como o sensacional Idles, que ganhou notoriedade com o álbum “Joy as an Act of Resistance”, os irlandeses da Fontaines DC e também os jovens da Shame, que estiveram no Brasil no fim de 2019.

Na Austrália, que há alguns anos fez brotar para o mundo uma nova cena psicodélica com o Tame Impala, traz agora bandas como Skegss, DZ Death Ray, A.Swayze & The Ghosts, entre outras, que são responsáveis por uma nova cena de rock n’ roll cru e poderoso.

Ao mesmo tempo, como falamos em uma postagem recente, nos EUA um revival do pop punk vem surgindo com tudo e rasgando a bolha do underground e chegando com os dois pés no peito do público mainstream.

Isso são apenas alguns exemplos do que vem rolando por aí. Sem contar estilos já consagrados que possuem bandas novas criando bons trabalhos ao redor do mundo constantemente.

Isso, inclusive, é uma característica do Brasil. Vemos pelo país inteiro uma crescente de bandas de diversos estilos e vertentes. Gente misturando rock com outros estilos, gente fazendo sons tradicionais das formas mais puristas possíveis. É som para todos os gostos, para todas as horas e com muita qualidade.

Uma breve passada pelo app da Tribhus, por exemplo, e facilmente se encontram boas bandas de diversos estilos, como comprovamos mensalmente nas “Descobertas Tribhus”, além dos lançamentos mensais no quadro “O Rock Não Morreu”.

Portanto, se há o que comemorar no Dia Mundial do Rock? A resposta é sim. Aliás, devemos comemorar que temos muita coisa boa para consumir. Agora, se você insiste em dizer que o rock está morto, “porque não se fazem mais bandas como antigamente”, então, sinto dizer, mas é melhor conferir se quem está morto não é seu gosto pelo rock.

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