Os paulistanos da Aurodharma modernizam o som dos anos 90 e início dos 2000 com muita qualidade, apresentando um ótimo trabalho.
Nascida em 2018, o quarteto, formado por Martin Pent (guitarra e voz), Sid Vitor (guitarra e voz), Edu Huldrey (baixo) e Marcelo Pucci (bateria), é um projeto que valoriza o instrumental, mas sem deixar de lado as boas letras.
Em uma primeira audição no som da Aurodharma, as guitarras se destacam, com riffs e bases com fortes influências do grunge e do rock alternativo dos anos 90, além de solos que remetem a elementos do rock dos 60 e 70. Contudo, logo notamos o belo trabalho da cozinha, com bons grooves de baixo e bateria concisa que, em alguns sons, dá todo o tom da música.
As letras, a maioria em português, falam sobre questões existenciais, com assuntos cotidianos em pauta de diversas formas. A qualidade do conteúdo e da poesia das letras também merecem destaque. Um som para ouvir prestando atenção nas mensagens.
Produções
A banda lançou seu primeiro registro no fim de 2020. O disco “Cabeça do Tempo”, possui nove canções autorais e é o cartão de visitas do grupo, gravado no estúdio Dual Noise, com produção de Rogério Wecko.
Segundo a banda, a ideia é apresentar “temáticas que transcendem o ser humano junto a uma harmonia com guitarras espaciais, que passeiam pelas suavidades e peso com a cozinha, e uma forma cantante com dobras intensas, criando uma vasta percepção sonora, para gritar sobre as coisas do passado, do presente e do futuro.”
Além do álbum, a Aurodharma também lançou o vídeo clipe da música “Divã”, gravado no Circo Espacial, com produção áudio visual da Noise.Prod e do baterista Marcelo Pucci.
A concepção, inclusive, vem da leitura do próprio músico sobre a letra da canção. “Tudo está contra você. O amanhã pode ser diferente, mas esse amanhã nunca vem”, afirmou Marcelo.
A Aurodharma é uma das bandas que participará do Tribhar de novembro, na próxima terça-feira (30), às 19h, no Facebook da Tribhus. Não perca!