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Sociedade Boêmia lança seu novo single “Passado Cangaceiro” na Tribhus

4 min leitura

A Sociedade Boêmia, banda de hard rock paulista, lança nesta sexta-feira (27), com exclusividade na Tribhus, o seu novo single “Passado Cangaceiro”.

(Foto: Maíra Nakahara)

O som traz uma bela mistura das bases do rock n’ roll da banda com elementos do baião, criando uma identidade bem distinta ao novo trabalho do quarteto. Com uma leitura moderna e pesada, a música foge do convencional e mostra um trabalho maduro e coeso da banda.

O novo single também marca o início de uma grande parceria entre a Sociedade Boêmia e a Tribhus. Com o lançamento exclusivo, o grupo, formado por Téo (vocal), Adam Fares (guitarra), Renan (baixo) e Fábio Pinheiro (bateria), se torna embaixador da Tribhus.

Batemos um papo com o guitarrista Adam Fares que contou um pouco mais sobre o lançamento que você pode ouvir AQUI.

(Foto: Maíra Nakahara)

Tribhus – “Passado Cangaceiro”, assim como muitos outros de vocês, tem uma carga bem pessoal na letra. Queria que vocês falassem um pouco sobre ele.

Adam Fares – Nossa ideia foi fugir um pouco do que é considerado “convencional”. Não quisemos nos prender a uma fórmula e decidimos fazer com que a música progredisse de forma natural, independente de onde isso nos levasse. Tendo essa liberdade em mente, decidimos fazer com que a letra estivesse em sintonia com o instrumental. Optamos por contar a história de um cangaceiro em busca da redenção. Ficamos extremamente satisfeitos com o resultado.

Tribhus – Vocês estão lançando ele agora no fim de novembro, vocês produziram ele durante a pandemia? Se sim, como foi realizar esse trabalho durante esse período complexo?

AF – O processo não mudou muito. Criei a música durante a quarentena (riff, melodia e letra), gravei em casa e mandei para os outros integrantes colocarem suas visões e “completarem o quadro”, digamos assim. Quando começou a flexibilização do comércio, fomos para o estúdio ensaiar e ajustar os detalhes finais. Uma vez que finalizamos esse processo, fomos para o estúdio de gravação e terminamos o trabalho. Tivemos tempo para trabalhar com calma e ficamos extremamente orgulhosos de criar mais uma música para nosso catálogo, que já conta com 2 EPs e um single. O cronograma funcionou muito bem.

Tribhus – A busca do rock nacional pelas raízes brasileiras, misturando sons que são tradicionais do nosso país tem sido uma boa aposta e rendido belos trabalhos. Como surgiu a ideia de trabalhar esse som com essa mistura de baião?

AF – Na minha visão existe uma lacuna entre o que Rock and Roll internacional representa e o que o povo brasileiro vive em seu dia a dia. Por mais que existam letras universais e que se conectem com “todo o mundo”, nosso país tem particularidades que dificilmente uma banda gringa consegue expressar. Além disso, nossa cultura é incrível e permite todo tipo de mistura, o que para um compositor é algo fantástico, já que podemos buscar referências de inúmeras fontes e criar coisas inéditas. Apesar de já ter sido feito anteriormente com bandas como Nação Zumbi, a forma como juntamos esses elementos é única. Esperamos que as pessoas gostem.

Tribhus – Pra vocês, que estão acostumados com a pegada do hard rock, até com uma pitada de metal, como foi pra adaptar os arranjos e modo de tocar para fazer a levada com essa pegada mais característica do baião?

AF – Foi algo totalmente intuitivo. Se eu falar que busquei a teoria por trás do baião para criar o riff principal estarei mentindo. Apenas criei a música e as pessoas falavam “legal esse baião com rock”. Uma vez feita a estrutura da música, aí sim fomos buscar elementos que consolidassem a sonoridade que buscávamos, como utilizar notas que dessem uma sonoridade brasileira e, ao mesmo tempo, “moderna e dissonante”, simular um triângulo no chimbal da bateria, etc. Incluímos também outros elementos que não são necessariamente brasileiros, como o funk nas linha de baixo e uma “voz mais rasgada” do southern rock americano. Foi algo intuitivo e posteriormente enriquecido com elementos técnicos.

Tribhus – O som tem assinatura do Lampadinha, que é um puta produtor renomado, como foi trabalhar com ele nesse som?

AF – O Lampadinha é um produtor internacionalmente reconhecido, mas minha relação com ele vem desde 2013. Ele é aquele tipo de produtor que se confunde com um amigo, de tão gente boa que é. Antes mesmo de começar a trabalhar com ele já havíamos tomado muita cerveja juntos. Nosso primeiro trabalho foi em “Aquela Estrada” (2013). Posteriormente, gravei meu disco solo “Sonhos e Desilusões” (2017) e fizemos também nosso último single “Nada a Vender” (2019). Enfim, o Lampadinha já é de casa e é sempre um prazer trabalhar com ele.

Tribhus -O lançamento desse som é também o início de uma parceria com a Tribhus. Queria que vocês falassem um pouco sobre a Sociedade Boêmia ser uma embaixadora Tribhus.

AF – Conhecemos a Tribhus através do instagram e logo de cara pensamos que a ideia era genial. Um dos maiores problemas da cena roqueira é que ela é completamente dividida. As bandas têm muita dificuldade na divulgação de seus trabalhos e isso faz com que muitos desistam antes da hora. São muitos potenciais talentos perdidos pelo simples fato de que não existe um lugar que seja referência para as bandas demonstrarem suas músicas. A Tribhus veio para mudar isso. A proposta é unificar toda a cena numa plataforma de streaming e oferecer diversos serviços e facilidades tanto para as bandas, quanto para os ouvintes de rock. Ver uma empresa séria investir no mercado como eles estão fazendo nos fez renovar nossas esperanças e achamos que tínhamos bastante a agregar à causa, e vice-versa. Foi algo natural.

Tribhus – Pra finalizar, queria que vocês falassem um pouco sobre a expectativa para o lançamento do single e se vocês já estão planejando algo para o ano que vem.

AF – Estamos extremamente confiantes que, com essa música, a Sociedade Boêmia prove de vez que é uma banda que veio para ficar. Ano que vem completaremos 10 anos de existência, o que é uma marca considerável para uma banda de rock nacional independente. Estamos preparando uma série de atrativos para comemorarmos junto aos nossos fãs. Sem falar nos shows que não fizemos esse ano por conta da pandemia e que ficaram para 2021, como a abertura do Matanza e do Ufo. Seguiremos lutando para consolidar nossa forma de expressão, doa a quem doer.

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