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NFT, a novidade que pode mudar a forma de vender música

Uma sigla vem tomando conta das discussões entre músicos e artistas nos últimos tempos, NFT. O Non-Fungible Token, ou objeto/símbolo não fungível, é uma tecnologia que cria uma assinatura única e que não pode ser alterada.

NFT

A tecnologia utilizada para isso é a mesma que permitiu o surgimento das criptomoedas, como o bitcoin. No entanto, a aplicação nesse caso é diferente e, esse código, vem sendo utilizado para dar autenticidade para objetos físicos ou digitais.

BENS FUNGÍVEIS x NÃO FUNGÍVEIS

Um bem fungível é, por exemplo, o dinheiro. Uma moeda de 1 real, se trocada por outra moeda de 1 real, continuará tendo o mesmo valor. A ideia de um bem não fungível, por outro lado, indica coisas que possuem um valor subjetivo.

Por exemplo, a terceira prensagem de um disco de Elvis Presley de 1960 tem um valor X, se esse disco for da primeira prensagem, autografado com um documento que ateste a originalidade do autógrafo, esse disco terá um outro valor. Pensando friamente, as músicas ali serão as mesmas, mas um possui um algo a mais, que o torna mais valioso. Por isso, são bens não fungíveis.

O mesmo vale para obras de arte, como um quadro original de Monet e uma reprodução. Por mais que sejam iguais, tem valores diferentes.

O NFT é o documento que atesta que aquele produto tem um valor diferenciado e é isso que está movimentando o mundo das artes atualmente.

O NFT E A ARTE

Ao criar uma obra (música, disco, jpg, gif, etc), o artista pode vender esse produto em uma plataforma de NFT. A partir daí, o processo funciona como uma bolsa de valores e sua obra pode se valorizar, ou não. Depende do reconhecimento que seu trabalho receba.

Assim como as plataformas de streaming ajudaram os artistas a não precisar mais de uma produtora ou gravadora para lançar mundialmente seu trabalho, o NFT pode se tornar um ponto de virada na questão dos direitos autorais da música e da rentabilização do mesmo.

Alguns artistas, como o Kings of Leon, vêm lançando materiais com pacotes exclusivos em NFT, que se tornam um produto único e que, além de render muito dinheiro aos seus criadores, também podem render muito dinheiro aos seus compradores.

O álbum NFT de Kings Of Leon está baseado no blockchain Ethereum, que é essencialmente a segunda criptomoeda em comando, depois do Bitcoin.

À medida que o valor do Ethereum e do mercado de criptografia sobe e desce (e mais colecionadores em potencial entram no mercado), espera-se que o valor desse NFT flutue de forma semelhante, tornando o álbum algo semelhante a um investimento no futuro da criptomoeda.

O álbum “When You See Yourself” foi lançado dia 5 de março e, até agora, já gerou mais de US$ 2 milhões em lucro para a banda, com a venda dos NFT, segundo a NME.

Como toda novidade, ainda é preciso explorar e compreender melhor todas as implicações do NFT, mas a novidade parece se consolidar, inclusive com a chegada de um stockmarket brasileiro para NFT e a adesão de artistas como André Abujamra.