Mensalmente a Tribhus cumpre seu papel de dar espaço e divulgar o rock independente nacional apresentando alguns lançamentos do mês anterior. Mantemos nosso radar ligado para captar o maior número possível de novos trabalhos no ar e destacamos por aqui para que você não deixe de ouvir!
Confira os destaques abaixo.
BORING ASSHOLES – IT GETS WORSE
O duo paulista Boring Assholes lançou o EP “It Gets Worse”.
Com fortes influências do punk rock, o trabalho preenche um hiato de quase 10 anos sem nenhum novo lançamento.
As composições em inglês fazem análises sobre a vida, relacionamentos e questões inerentes ao passar do tempo e ao amadurecimento.
Com riffs grudentos e rápidos de guitarra e bateria bem pronunciada, que se juntam ao vocal levemente rasgado de César Passa-Mal, o trabalho possui quatro músicas executadas no melhor estilo ramônico de velocidade.
Uma ótima pedida para quem curte o estilo.
Não deixe de ouvir!
MAGA RUDE – ESSENCIAL
A banda Maga Rude lançou o seu trabalho de estreia com o EP “Essencial”.
O septeto traz um ótimo trabalho com influências dos mais diversos ritmos jamaicanos, como o ska, reggae e rocksteady.
Com muita qualidade na produção os seis sons que fazem parte do lançamento trazem belas camadas de elementos, com a guitarra quebrada em boa sintonia com baixo groovado e ótimas levadas de bateria. Órgão Hammond, trompete e trombone completam o instrumental com os temperos perfeitos para deixar as músicas ainda melhores.
Os vocais, que trazem boas dinâmicas de backing vocals em coros, cantam com muita qualidade sobre assuntos que falam sobre a sociedade, política, machismo e união.
Um lançamento de muita qualidade e que merece ser sacado do início ao fim.
Não deixe de ouvir!
LABORATORI – NÃO ME CABE DESISTIR
A Laboratori lançou no final de março o single “Não Me Cabe Desistir”.
O quarteto paulista traz um som com boa pegada em seu hardcore que também tem algumas influências de metal na produção.
Os riffs de guitarra rápidos e bem construídos são acompanhados com muita firmeza por uma bateria sólida, com boas levadas e viradas, enquanto o baixo traz linhas com bons grooves e um timbre muito legal.
Com um vocal rasgado, misturado com backings mais berrados, a música fala sobre a importância de dar valor à vida e às lutas que travamos para nos manter firmes diante das adversidades.
Um lançamento bem legal e que vale a sacada.
Não deixe de ouvir!
BAD LUV – SOLSTÍCIO
A banda Bad Luv lançou o single “Solstício”.
O quinteto traz elementos da nova do emocore, com elementos do pop e do Metalcore, que ajudam a misturar momentos de leveza e peso na composição.
O instrumental tem bons arranjos de sintetizador que se destacam em boa parte do som juntamente com as levadas de bateria que se sobressaem e ajudam a aumentar o peso, enquanto guitarra e baixo fazem a base que dá a sustentação à música.
Na letra a banda fala sobre um relacionamento que passa por um momento de abalo, tudo cantado por um vocal bem seguro e com uma identidade interessante, que coloca muita angústia na interpretação.
Um lançamento bem legal para quem curte o estilo.
Não deixe de ouvir!
CORCEL 76 – V8
A Corcel 76 lançou o disco “V8”.
O trabalho é o segundo registro da banda goiana e mostra um rock n’ roll divertido e bem produzido.
Com uma boa mistura de punk rock com rock n’ roll clássico, bubblegum e country, o álbum traz oito músicas onde a guitarra cria riffs e solos interessantes, que se destacam em todas as canções. A bateria e o baixo são os responsáveis por empurrar o som com levadas firmes e linhas bem desenhadas, que ajudam a encorpar os sons.
Nas letras a banda faz uma ode ao hedonismo, falando sobre amores, álcool, vida noturna, música e carros, tudo cantado com um vocal bem interessante e boas construções de backing vocals.
Um lançamento muito legal e que vale ser sacado.
Não deixe de ouvir!
BLACK PRIEST – FATAL
A Black Priest lançou seu primeiro disco full chamado “Fatal”.
O quarteto carioca traz um heavy metal influenciado fortemente pelas raízes do estilo, de bandas como Black Sabbath e Judas Priest, de onde, inclusive, vem o nome da banda.
A produção instrumental do disco mostra a qualidade dos músicos da banda, que apresentam riffs e solos de guitarra bem trabalhados que dão a toada para os sons, enquanto a bateria, com levadas e viradas de qualidade, e baixo, com linhas bem desenhadas, mantém e empurram a pegada do som.
O vocal consegue alcançar uma série de tons, desde graves potentes até agudos firmes. Nas letras em inglês a banda coloca para fora sua fúria e energia, utilizando alegorias do horror para fazer críticas sociais e análises sobre a sociedade.
Com 9 sons, o lançamento é uma boa pedida para quem curte o som.
Não deixe de ouvir!
CLAVA – CORRER PELO CÉU
A banda Clava lançou o EP “Correr Pelo Céu”.
O quarteto carioca faz um trabalho pesado com fortes influências do hardcore, do grind e do metal, com uma estética das bandas dos anos 80, mas trazendo uma pegada mais moderna.
Os riffs de guitarra rápidos e bem trabalhados são acompanhados por levadas ferozes de bateria que dão a toada e atacam com muita qualidade, enquanto o baixo dá a sustentação com um timbre grave e forte.
Nas letras a banda canta sobre questões da vida com vocais berrados que carregam muita angústia em sua execução.
Com três sons, o EP vale a sacada.
Não deixe de ouvir!
SUBROCK – PRIMEIRO ATO, PT.3
A Subrock lançou o EP “Primeiro Ato, Pt.3”.
O álbum apresenta quatro músicas já lançadas pela banda, mas em versões diferentes das lançadas originalmente e é a primeira parte de uma série de lançamentos que o quarteto pretende fazer este ano.
As influências do trabalho vêm do punk rock, do hardcore e do rock alternativo dos anos 80 e 90.
Com uma produção bem legal, as canções mostram boas construções de guitarra, que dão a principal cara aos sons, enquanto baixo e bateria acompanham com linhas e levadas interessantes, dando a sustentação.
Nas letras a banda discute questões da vida e do cotidiano com boas poesias cantadas por um vocal consistente e com identidade.
Não deixe de ouvir!
ZUMBIS DO ESPAÇO – A FÚRIA SELVAGEM
O Zumbis do Espaço lançou o disco “A Fúria Selvagem”.
O quarteto paulista de horror punk apresenta seu 11º álbum de inéditas em uma carreira com mais de 25 anos dedicados à música e sendo uma das precursoras do estilo no Brasil.
Com 15 canções o álbum mostra a potência sonora do grupo que passeia, além da clara influência do punk rock, por estilos como o surf rock e o country.
A guitarra com powerchords velozes e potentes desfila riffs impactantes, muito bem acompanhada por linhas bem feitas de baixo e bateria com boas levadas.
Nas letras a banda canta temas relacionados ao horror, ao sobrenatural e aos antigos filmes B, entoadas pelo vocal inconfundível de Tor Tauil.
Um ótimo lançamento que vale a pena ser sacado.
Não deixe de ouvir!
TURIM – À PRÓPRIA SORTE
Quase no apagar das luzes do mês de março a Turim lançou o single “À Própria Sorte”.
A banda mostra mais um bom som com fortes influências do hardcore melódico, com boa pegada e produção bem feita.
No instrumental o quarteto mostra muito vigor, com riffs fortes e velozes de guitarra, que criam boas dinâmicas e se destacam na composição. As linhas de baixo trazem desenhos bem feitos, com um timbre grave bem interessante, que se juntam às levadas bem executadas de bateria e dão o peso para o som.
Cantada com muita personalidade e boas construções de harmonia, a letra pesada fala sobre uma discussão interna do eu e das complexidades que a vida nos impõe que podem, inclusive, levar ao fim desta.
Mais um lançamento interessante da Turim e que vale a sacada.
Não deixe de ouvir!
VÁRIOS ARTISTAS – TÁ SERVIDO? UM TRIBUTO MUTANTE AO DEAD FISH
Para fechar nossos destaques, em março foi lançado o “Tá Servido? Um Tributo Mutante Ao Dead Fish”, uma coletânea com diversas bandas do independente nacional.
A Mutante Records realizou mais um ótimo lançamento com um tributo ao Dead Fish, uma das maiores bandas do hardcore nacional.
O projeto que homenageia o quarteto capixaba, que já tem mais de 30 anos de estrada, reúne 15 artistas celebrando o primeiro disco da banda, “Sirva-se”, de 1997.
São artistas que transitam desde o punk e hardcore, até o metal, passando pelo ska, com bandas como Plastic Fire, Anversa, Eskröta, Blastfemme, Skabomb, entre outras.
Um trabalho bem massa que, ao mesmo tempo que celebra a arte de um artista mais conhecido, abre espaço para que o público conheça um grande número de outros grandes bandas.
Não deixe de ouvir!
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