TRIBHAR #6 recebe as bandas Nitronica e Sete Chakras

O Tribhar #6, a live da Tribhus que discute o mundo das bandas independentes, recebeu as bandas Nitronica e Sete Chakras para um papo descontraído sobre dificuldades que as bandas independentes enfrentam.

De cara, falamos sobre um dos principais problemas, que muitos músicos que têm um tempo de estrada já sofreram, o fim de um projeto e como recomeçar. Esse é o caso da Sete Chakras, que após o fim de uma banda se reinventou, encontrou novos integrantes e, no meio da pandemia, iniciou um novo trabalho.

“Após o fim da Red Eye, nossa antiga banda, fomos tocando com outros músicos até fechar o time atual. Quando fechamos essa formação, reformulamos a ideia da banda, decidimos fazer o som em português, ter um nome em português e estabelecer uma nova visão para a banda”, conta Ritch Ray, guitarrista da Sete Chakras.

Para o pessoal da Nitronica, as experiências passadas em outras bandas e projetos acabam sendo sempre um aprendizado. Uma forma de entender questões que funcionam e como cada um entende o que é trabalhar uma banda.

“Por pior que seja qualquer trabalho que você tenha feito, no final a experiência sempre conta. Você vai usando isso nos próximos trabalhos, vai evitando erros e evoluindo. Isso é o principal, nós sempre vamos fazendo, tentando e uma hora você acerta. Vai tentando melhorar sempre”, afirmou Kadu Sasso, vocalista e guitarrista da Nitronica.

MESMOS OBJETIVOS

Outro ponto abordado durante a live é a necessidade das pessoas que estão na banda entenderem e compartilharem de objetivos em comum. Saber as dificuldades do cenário, traçar objetivos palpáveis e saber que a caminhada não será fácil. Tendo essa sintonia de ideias, facilita muito fazer o projeto seguir em frente, mesmo enfrentando dificuldades.

E dentre as muitas dificuldades que uma banda independente enfrenta, ambas as bandas foram unânimes ao colocar o fator financeiro como o principal.

“A principal dificuldade é econômica. Você quer viver de música, precisa saber o que você tá fazendo. Senão a vida vai apertar e você vai ficar no caminho. Sua guitarra vai ficar lá guardada no guarda-roupas. Aconteceu isso com muita gente boa nos últimos anos. Muita gente legal, fazendo som bom autoral e nós vimos as bandas acabando por isso”, pontuou Ritch.

Camila, a baixista da banda Nitronica, ainda pontuou que, no geral é muito difícil viver de música, principalmente no independente, e as pessoas precisam ter outras fontes de renda. O que, por vezes, faz as bandas perderem muita gente boa no meio do caminho.

Outro ponto interessante levantado durante a Tribhar #6 e que devia estar sempre no radar de quem está se propondo a fazer um som, são as perspectivas, ou a falta delas.

“O financeiro é a primeira coisa que todo mundo percebe, mas acho que o que acaba de verdade com uma banda é a falta de perspectiva”, afirmou Kadu.

Ele expõe os corres e dificuldades que artistas independentes passam, já que são os responsáveis por tudo em suas carreiras, desde a parte artística com letras e composições até produção de merchandising e divulgação. “Quando você vê que o retorno, ou vai demorar muito, ou não vai vir, e você está fazendo isso mais pela grana e não só pela satisfação de passar sua mensagem, aí pesa mais do que o financeiro. Acho que o motivo inicial tem que ser maior do que esse. A grana é muito boa para você conseguir fazer as coisas, mas se for pra fazer a grana, é melhor ser músico de artista sertanejo”, completou o vocalista da Nitronica.

INDICAÇÕES

Como de costume em todas as edições do Tribhar, pedimos para nossos convidados indicarem bandas independentes nacionais.

Abrindo as indicações, Ritch Ray falou da banda Hademanastia, Contralma, Conspiração Urbana e The Rock X.

Leny do Bonfim, vocalista da Sete Chakras, indicou a banda Régio Primata.

Camila, da Nitronica, indicou a banda Aletrix.

Fernando Tinajero, guitarrista da Nitronica, indicou o músico Guilherme Wolf e as bandas Superchiadeira e Bocarra.

Kadu Sasso indicou as bandas Harderia e Original 80.

Confira a íntegra da live no nosso Facebook.

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