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Conheça o hardcore quente da Californicks

3 min leitura

A Californicks é uma daquelas bandas que, quando você ouve, não precisa de mais do que um play para entender qual é a proposta do trabalho, de vem as influências e saber que há muita qualidade ali.

Com um nome que remete diretamente as raízes do som, o quarteto busca no hardcore californiano as bases para suas composições. O estilo, nascido na ensolarada Califórnia na década de 1980, acelerava o punk rock, trazendo mais agressividade. Ao mesmo tempo, as bandas se preocupavam em deixar as canções mais melódicas e menos cruas.

Ouvindo com atenção o trabalho da Californicks é possível sentir retalhos de inúmeras bandas que fazem parte do estilo presentes no som. Nomes como Pennywise, Bad Religion, Millencolin e, também, os brasileiros do Dead Fish. Tudo isso está no caldeirão que esquenta o som do quarteto de Mauá, cidade da região do ABC Paulista.

Nascida em 2017, a Californicks é formada por Rodrigo (Dih) Marques (vocal), Léo Teixeira (baixo), Itallo Igor (guitarra) e Marcel Machiniski (bateria).

A parte instrumental, muito bem construída, é a base principal das composições. Guitarras distorcidas e bem trabalhadas, com riffs e temas cativantes dão a linha de frente das músicas, enquanto a cozinha faz seu trabalho de contenção e apoio com primor. Se as linhas do baixo complementam a guitarra e encorpam o som, a bateria ataca com muita velocidade e boas dinâmicas.

Por fim, o trabalho vocal complementa as produções com uma boa identidade e muito vigor. Nas letras, a banda aborda questões sociais, políticas e o cotidiano, falando sobre seus sentimentos e vivências.

PRODUÇÕES

Com cinco anos de estrada, a Californicks possui o disco “Por Todos Nós” (2018), o EP “Motivos Para Continuar” (2021) e os singles “Perder ou Ganhar” (2021), “Um Novo Amanhã” (2021) e “Ponto Crítico” (2022).

“’O Por Todos Nós’ é um trabalho que foi uma grande novidade, nossa primeira vez entrando em estúdio para gravar. Tinha muita coisa que queríamos colocar ali, mudar um pouco a dinâmica do som em relação as bandas que estavam rolando na cena e aí rolou. Ele vem de uma necessidade de começar. Começar e evoluir”, contou Rodrigo.

Com sete faixas, o disco já mostra bem a identidade que a banda mostraria nos demais lançamentos. O destaque fica para a faixa que dá nome para o disco, que possui um videoclipe, gravado em uma apresentação ao vivo da banda, no Rock Club Bar, em São Bernardo do Campo.

Na sequência, o quarteto lança o single “Perder ou Ganhar”, que faz parte de um ciclo de lançamentos que se junta ao EP “Motivos Para Continuar” e o single “Um Novo Amanhã”. Todos esses trabalhos foram gravados e lançados entre o período de pandemia, com ajuda de uma lei de incentivo à Cultura. O trabalho de gravação, inclusive aconteceu de forma mais complexa, pois os músicos não podiam estar todos juntos no estúdio, por conta das restrições da pandemia.

“Todo esse conjunto de lançamentos foi através da premiação que ganhamos na cidade, do Proac. Acabamos gravando sete sons e foram os trabalhos que fizeram a galera conhecer mais a banda. ‘Perder ou Ganhar’ tem quase 100 mil streamings, o que para nós que temos pouca grana para divulgar e vamos no trabalho de formiguinha para apresentar o trabalho, é muito bom”, afirmou o vocalista.

Finalizando, este ano a Californicks lançou o single “Ponto Crítico”, que contou com o apoio do selo Caravela Records. A produção é um posicionamento da banda para o momento político do país e ganhou um belo videoclipe.

Para conhecer mais sobre a banda e também para conferir um papo sobre música independente, conversamos com Dih no Instagram da Tribhus. Confira o papo aqui:

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