Seu streaming brasileiro de Rock!
Notícias

Estudo britânico aponta desvalorização dos artistas no meio digital

2 min leitura

A revista britânica NME publicou em seu site nesta segunda-feira (7), um estudo sobre a remuneração dos artistas através das plataformas digitais de streaming.

Estudo

(Foto: whoalice-moore-por-Pixabay)

De acordo com a pesquisa, realizada pela Musician’s Union (entidade que representa mais de 30 mil músicos no Reino Unido) e pela The Ivors Academy (uma das maiores associações profissionais de músicos da Europa), a grande maioria dos músicos, cerca de 82%, recebe menos de £ 200 por ano com suas músicas na internet.

O estudo, que considerou os ganhos do ano de 2019, identificou esse valor, quase R$ 1.400, inclusive com artistas que tiveram milhões de streams durante o período.

“Esta pesquisa é mais uma demonstração de que a música e o compositor estão subvalorizados. Muito dinheiro de streaming está indo para as grandes gravadoras, este é um modelo desatualizado e precisa de reforma ”, afirmou o CEO da Ivors Academy Graham Davies.

Outro dado apresentado no estudo que corrobora a afirmação de Davies é o fato de que, para 92% dos entrevistados, os ganhos oriundos de streamings não passavam de 5% dos seus ganhos anuais. Outros 43% dos músicos ouvidos disseram que a falta de renda com a venda de suas músicas, os levou a buscar outros empregos.

Ações governamentais

O governo britânico está atento à questão e estuda se deve tomar alguma ação para proteger sua indústria musical.

Em 2019, as grandes plataformas de streaming, como Spotify, Apple Music, Amazon Music e Google Play, tiveram lucro de mais de £ 1 bilhão no Reino Unido. No entanto, os artistas tiveram, no máximo, 13% disso repassado para eles.

Entre as precauções que o parlamento inglês pretende tomar, está o impacto a longo prazo que esse tipo de relação pode ter com a indústria da música, incluindo artistas, selos e lojas.

Mercado dominado por minoria

Em outra pesquisa, apresentada em setembro pela empresa norte americana Alpha Data e publicada na edição da Rolling Stone do país, é evidenciado o domínio de poucos artistas sobre a maioria das reproduções dessas plataformas.

Segundo o estudo, 90% das audições realizadas via internet são dos mesmos 1% de artistas que dominam o mercado fonográfico musical. A pesquisa mapeou os lançamentos entre janeiro de 2019 e julho de 2020. No período, 1,6 milhões de artistas lançaram novos materiais, que foram ouvidos 293,8 bilhões de vezes.

Já a venda de materiais mostra que o público de artistas que estão fora desse 1% acabam mudando, pelo menos um pouco, os resultados. Nas vendas de faixas e álbuns online, esse grupo representa 83% das vendas. No entanto, quando o assunto é material físico, os 99% acabam ganhando mais espaço, com cerca de 47% da fatia de mercado de CDs, LPs e K7s.

Todos esses números ligam o alerta para quem gosta, consome e se preocupa com artistas independentes e que não estão no auge das listas de artistas de grandes conglomerados. É preciso repensar a forma de consumir, a forma de apoiar e, também, cobrar por mais valor para o trabalho desses pequenos.

Em tempo, o aplicativo da Tribhus, apesar de trabalhar com streaming, é totalmente gratuito para usuários e artistas e, portanto, não trabalha com monetização. No entanto, o projeto prevê que num futuro próximo geraremos receitas e traremos uma fatia justa disso para os nossos artistas, além de outras formas para ajudar os artistas do rock independente nacional.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.