No dia 24 de junho foi realizada a décima edição do Tribhar, a live da Tribhus, que recebeu os artistas Cacá Côgo, da The Solitaryman Monoband, e Luiz Novo.
Durante a live abordamos muito sobre como é a vida de um artista que decide ser autosuficiente, ou seja, um artista solo ou monobanda.
Ambos com muitos anos de estrada dentro da música, contam que decidiram se dedicar a um trabalho solo pela facilidade em realizar seus planos.
Cacá, que passou por algumas bandas de punk e hardcore, além de trabalhos de voz e violão tocando na noite, viu na monobanda uma solução para voltar a fazer o tipo de som que sempre gostou.
“Chegou uma hora que minhas bandas de punk, de barulho, acabaram. Comecei a fazer barzinho, mas precisava fazer um barulho. Vendo algumas one man bands eu pensei, ‘pô dá pra fazer a parada sozinho’. Peguei meu violãozinho, um bumbo, uma caixa e gravei um EP assim, só pra me satisfazer. Isso em 2011, e assim nasceu o Solitaryman. Essa foi minha onda, não preciso de ninguém, posso fazer na minha casa, não preciso marcar ensaio com ninguém e aí eu comecei. Um lance para não ficar doido mesmo”, contou Cacá.
Enquanto isso, Luiz Novo, se decepcionou com as tentativas de bandas que não engajavam. Tanto que até abandonou os projetos musicais por um bom tempo. Foi apenas quando sua filha se interessou por aprender um instrumento musical que ele voltou a se dedicar à música e, desde então, vem trabalhando em home studio para dar vida às suas criações.
“Eu sempre tive um negócio com música autoral e tive algumas tentativas de bandas que nunca foram para frente. Em 2001 mudei para a região de Goiânia e aí eu parei totalmente com a música. Em 2016 minha filha quis aprender a tocar teclado e eu resolvi fazer aula de guitarra para fazer aula junto com ela. Aí, foi imediato, comecei a fazer aula, o bichinho começou a correr na veia, fui atrás de todo material que tinha escrito e fui atrás de como fazer as coisas por conta própria e a partir daí recomeça minha trajetória”, afirmou Luiz.
DIFICULDADES X BENEFÍCIOS
Como em tudo na vida, o projeto solo/monobanda tem seus lados bons e seus lados ruins. O que é citado pelos entrevistados como lado bom é o fato de depender apenas de você, principalmente, quando você é focado no que está fazendo.
Outro ponto citado é a ausência daquelas “pessoas âncoras”, que você precisa ficar arrastando, para ela não te levar para trás.
Já nas desvantagens um dos principais pontos citados é a questão financeira, com mais gente fica mais fácil dividir os custos de gravações, filmagens, produção de merch, etc.
Além de uma questão que foi considerada vantagem e desvantagem, que é não ter a visão e opinião de outras pessoas para falar se aquilo está bom ou não durante a produção das músicas. O que torna os sons muito mais reais e deixa esse termômetro para o público que recebe o resultado final.
INDICAÇÕES
Como em toda edição do Tribhar, os convidados deram dicas de artistas independentes e underground para o público.
Começando, Cacá Côgo, da The Solitaryman Monoband, indicou os trabalhos das bandas FYP, Fibonattis, Faca Cega, Marcius, Estado de Sítio e Em Chamas.
Já Luiz Novo indicou as bandas Container Blue, Gear, She Is Dead, Smash Adans, Sylvestra Bianchi, Aneurose, Suck This Punch, Abel Capela, Superself e Hard n’ Dogs.