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Venda de instrumentos musicais cresceu durante a pandemia

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Se há algo de bom que podemos tirar dessa pandemia foi o crescimento na venda de instrumentos musicais. O mercado que vinha há anos em consecutivas quedas, inclusive com grandes nomes, como Gibson e Fender, chegando próximo à falência, respirou novos ares no último ano e meio.

Instrumentos musicais

Em entrevista para o New York Times, o presidente da Fender, Andy Mooney, afirmou que, em março do ano passado, “nunca teria imaginado que a empresa estaria onde está hoje se alguém perguntasse”.

O crescimento foi tanto, que o vice-presidente de marketing da marca, Nieve Cavanagh, contou que a marca está com dificuldades em manter seu estoque.

Além do aumento recorde no número de vendas de guitarras e violões, a empresa viu o crescimento do público em seu app que oferece aulas gratuitas de guitarra. Em março de 2020 eram 150 mil cadastrados, em menos de 6 meses, esse número já alcançava quase 1 milhão.

O mesmo fenômeno foi registrado pela Gibson, marca centenária de violões e guitarras e que quase foi a falência em 2017. Em entrevista ao El País, James Curleigh, executivo-chefe da marca, que assumiu o controle da marca em 2018, destacou: “Vínhamos crescendo em cada um destes três anos, mas foi muito mais significativo neste último. Durante o confinamento, as pessoas aproveitaram para fazer aquilo para o que nunca tiveram tempo, como tocar violão.”

As fábricas da Gibson, que fecharam durante o início da pandemia, não só tiveram que reabrir, como dobraram a capacidade de produção e a mão de obra. Além disso, a marca também adquiriu a Mesa Boogie, marca que produz amplificadores.

MERCADO NACIONAL

No Brasil, segundo estudo do Itaú, em 2020, a venda de instrumentos musicais, equipamentos de streaming, livros e games, cresceram 40,04%.

O sucesso, inclusive, fez com que grandes varejistas começassem a trazer instrumentos musicais para seus ambientes de loja online. É o casa da Magazine Luiza, que viu o número de vendas do segmento aumentar em cinco vezes em 2020.

De acordo com a marca, os instrumentos mais comprados são violões, teclados e ukuleles.

Em março deste ano, a Amazon também colocou um market place digital para instrumentos musicais em seu site, onde oferece mais de 60 mil itens.

PÚBLICO JOVEM

Uma das boas informações que chegam com esse aumento nas vendas de instrumentos musicais, é o interesse do público jovem.

Nieve Cavanagh, afirmou à Music Industries Association, que houve um “aumento acentuado da procura de instrumentos de nível de entrada, o que sugere que houve um aumento significativo de pessoas a pegar na guitarra ou no baixo pela primeira vez.”

Esse fenômeno se reflete nos usuários do app da Fender, onde 20% dos novos usuários têm menos de 24 anos, enquanto 70% têm menos de 45. Mostrando que, diferente do que pensavam os pessimistas há alguns anos, a música feita com guitarras, baixo e violão, continua forte e trazendo novos públicos.

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