Rolling Stones se juntam a artistas por remuneração justa em streamings

No início desta semana a campanha Broken Record, de artistas britânicos que pedem uma remuneração justa das plataformas de streaming ganhou uma adição de peso, os Rolling Stones.

Rolling Stones

Os artistas estão intensificando seus esforços de lobby para que o governo britânico mude a lei de direitos autorais, desenhos e patentes do país, para criar uma remuneração justa para o streaming de músicas.

Há dois meses o grupo enviou uma carta ao primeiro ministro britânico Boris Johnson, no entanto a situação não andou. Com isso, uma segunda carta foi enviada, com novos nomes engrossando o coro.

Além dos Stones, assinaram a nova carta Tom Jones, Barry Gibb, Van Morrison, os Pet Shop Boys, entre outros artistas ingleses.

Segundo a petição, caso a lei seja revisada com a mudança de duas palavras, além de não honerar custos aos contribuintes, aumentará as receitas de serviços públicos.

A campanha levou ao Parlamento Britânico a discussão sobre a remuneração equitativa, uma forma de divisão justa de lucros e que, teoricamente, seria a melhor saída para equilibrar o jogo. Contudo, não é o que pensam gravadoras, que argumentam que essa mudança, afetaria a capacidade delas em fechar acordos de licenciamento e de investir em artistas para o sucesso global.

Apesar de serem estrelas históricas, os artistas que assinam a carta não são os maiores da era do streaming. Os Stones são o 149º artista mais popular do Spotify, por exemplo. Nomes como Dua Lipe e Ed Sheeran (respectivamente 3ª e 14º artistas mais tocados do Spotify) seriam uma adição de peso às demandas da Broken Record.

Contra a demanda dos artistas, conta, e muito, a vontade do governo britânico em exportar seus artistas para o mundo, como uma forma de mostrar o sucesso do Brexit e, com isso, o argumento das gravadoras pode ganhar peso.

Streaming responde com dados

Em vista da grande repercussão que as reivindicações de artistas vêm ganhando, duas das principais plataformas de streaming do mundo, Spotify e Apple Music se manifestaram sobre os aspectos econômicos de seus negócios.

O Spotify lançou a página Loud & Clear, onde concentram uma série de questões sobre remuneração de artistas e, também, permite que os artistas compreendam em que lugar eles estão no universo do Spotify, com uma comparação entre seu número de ouvintes e plays que recebe mensalmente.

Já a Apple Music fez um manifesto direcionado apenas a gravadoras e artistas, com informações de que a plataforma remunera todas as gravadoras, majors ou independentes com o mesmo valor percentual (52%), e atacou abertamente o Spotify.

Enquanto as questões não se resolvem, continuamos acompanhando tudo por aqui e trazemos novidades para os músicos brasileiros, que podem se beneficiar com mudanças nas políticas de remuneração desses streamings.

Com informações da Music Ally.

1 comentário em “Rolling Stones se juntam a artistas por remuneração justa em streamings”

  1. Pingback: Inquérito britânico diz que modelo de streaming precisa de um “reset”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Rolar para cima