Em mais um capítulo da luta dos artistas britânicos por melhores condições de pagamentos através dos streamings, músicos e parlamentares estão apoiando um projeto de lei, que foi publicado nesta quarta-feira (24) e deve ser apresentado ao parlamento dia 3 de dezembro.
Segundo a matéria publicada na NME, o principal objetivo do projeto é “garantir que intérpretes e compositores sejam devidamente remunerados, colocando o tratamento das receitas obtidas com serviços de streaming de música em um pé de igualdade com o tratamento das receitas obtidas de outras fontes.”
De acordo com o sindicato dos músicos do Reino Unido, membros da Câmara dos Comuns (espécie de Congresso Legislativo Britânico) já expressaram apoio ao projeto e pretendem garantir que os artistas sejam pagos de forma justa pelas músicas transmitidas através do streaming.
A ideia é, não só criar um ambiente mais justo para músicos e artistas, mas alavancar a economia e impulsionar o trabalho artístico, com mais trabalho para estúdios de gravação e impulsionamento para a descoberta de novos talentos do país.
O projeto é parte de um movimento iniciado em abril por mais de 150 artistas, entre eles nomes como Paul McCartney e os Rolling Stones, para lidar com o baixo retorno econômico que os artistas recebem.
No decorrer do processo, os parlamentares, inclusive, enfatizaram a necessidade de uma “reinicialização completa” da indústria musical.
Enquanto isso, há um mês, as principais empresas de streaming pediram, nos EUA, para diminuir ainda mais o valor pago aos artistas por cada play nas plataformas.
Pensando sempre na necessidade e realidade dos artistas, estamos acompanhando o desenrolar dessas questões, para entender melhor o que elas podem significar ao cenário brasileiro de música digital.
Pingback: Projeto de Lei para “arrumar” o streaming não passa no Reino Unido