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Cultura

Tribhar #2 fala de clipes com Do Culto ao Coma e Mad Sneaks

4 min leitura

A Tribhar #2, segunda edição da live da Tribhus, recebeu as bandas Do Culto ao Coma e Mad Sneaks para um papo sobre produção audio visual para bandas.

Numa discussão divertida e cheia de bons insights e colocações, Agno Dissan e Elton Reis (Mad Sneaks) e Leandro TG Mendes e Thiago Hollzzman (Do Culto ao Coma) trouxeram um pouco de suas experiências com produções audiovisuais e como isso é uma boa ferramenta para as bandas.

Tribhar #2

Ambas concordaram que vídeos são, hoje, importantíssimos para a apresentação da obra das bandas. Como pontuado por Agno, o trabalho das bandas é produzir música, mas apresentá-las pode ser feito de diversas maneiras e uma delas é através de clipes, onde ela  pode “viajar, colocar as ideias dela, complementos das mensagens que ela passa nas letras”, além de ter alcance maior do que outras formas de divulgação, principalmente, em tempos de pandemia, onde estar em contato diretamente com o público, em shows e eventos, é impossível.

Outro ponto interessante, levantado por Leandro durante a Tribhar #2, é como a música também é feita com imagens. Em um relato pessoal, ele lembra como ficou obcecado pelo Iron Maiden ao ver o Eddie e todos aqueles aspectos foram importantes para ele se apaixonar pela banda, antes mesmo de ouvir o som. “Pra mim, sempre ficou muito claro que a gente não consome só a música. Consumimos tudo o que vem junto. É importante você dar outros aspectos para a pessoa, porque a música tem dimensões. Você consegue imprimir outros significados quando mostra quem é você, com imagens dos integrantes, onde você quer estar com sua parte visual. Nunca foi só a música, nós nunca consumimos só a música, consumimos toda uma cultura que está em volta disso e que tem a ver com quem consome isso”, analisou.

LYRIC VIDEOS

Um estilo de produção visual nascido com a internet e as plataformas de vídeo online, o lyric video também foi discutido pelo grupo.

De baixo custo para produção, o lyric video é uma ferramenta que tem sido utilizada em grande quantidade pelas bandas. Para Thiago, uma das coisas boas da modalidade, é prender a atenção do público à mensagem que a música quer passar, fazendo o espectador se atentar duplamente ao que a letra está falando.

Com certo nível de criatividade, o vídeo também pode se tornar um complemento agradável para quem está assistindo, como frisado por Elton, que citou o lyric de “Six Feet South”, da Mad Sneaks, como um exemplo. “Eu, particularmente, acho ele muito legal, até mais legal que alguns clipes. Pela própria concepção, de passar o fundo, a mensagem e você se atendo bem à ideia do artista”, afirmou.

CLIPES TRADICIONAIS

O Tribhar #2 também bateu uma ideia sobre os vídeo clipes mais tradicionais, aqueles com a banda simplesmente tocando.

Para Leandro, da Do Culto ao Coma, esses vídeos são oportunidades que os artistas têm para registrar um momento de gravação, de backstage e que podem ser feitas sem necessidade de muitos gastos ou de grandes materiais. Muitas vezes, com um celular, você consegue bons registros do grupo e que são o suficiente para apresentar como são os integrantes da banda, como ela se apresenta e, até mesmo, a energia que ela passa tocando.

Completando, Agno, da Mad Sneaks, ainda expõe que esse tipo de registros ajudam a desmistificar e trazer o cotidiano dos músicos para próximo do público.

ANIMAÇÕES

Ambas bandas possuem clipes de animação, um modelo de produção que chama muito a atenção do público, mas nem sempre tão simples de se fazer.

“A animação que nós temos é do primeiro disco, que é um disco conceitual, ele conta uma história do início ao fim. Nós escolhemos uma música que achávamos que tinha potencial e eu desenvolvi um roteiro, onde o personagem está ali fugindo dos monstros dele. Fiz o storyboard junto com um amigo e criamos uma estética. A partir disso, entra a questão de conseguir fazer, então você tem a vontade de fazer a coisa de um tamanho, mas aí não dá e você tem que diminuir, ajustar, até conseguir fazer”, afirmou Leandro.

Responsável pelo roteiro do clipe de animação de “Rótulo”, da Mad Sneaks, Agno, cita como a animação as vezes resolve problemas que um clipe convencional deixaria caro demais. “A animação permite a ficção se torna algo legal e bem feito”, concluiu.

DICAS PARA PRODUZIR

Por fim, em relação as produções num geral, os quatro afirmam que é importante trabalhar a concepção do que se quer passar. Estudar um pouco sobre produção, assistir clipes para buscar referências e inspirações, além de usar e abusar de tutoriais e dicas da internet para conseguir produzir algo interessante.

Thiago, da Do Culto ao Coma, enfatizou a quantidade de possibilidades de aprender que existe na internet e de como isso deve ser utilizado pelos artistas.

INDICAÇÕES

Finalizando o papo, os integrantes das duas bandas deram suas dicas de artistas independentes.

Iniciando, Thiago, da Do Culto ao Coma, indicou a banda Ultrasonics, que está no app da Tribhus, e Léo Skinner.

Leandro, da Do Culto ao Coma, inicou indicando a banda carioca El Efecto, os paulista da Cosmo Drah e a banda Crowrave, que também está presente no app da Tribhus.

Pela Mad Sneaks, Agno começou indicando as bandas The Vrew, SFAC, Rádio Ataque e DIM.

FInalizando, Elton, também recomendou a The Vrew e Rádio Ataque, além das bandas Carro Bomba, A Fantástica Madame Butterfly e Jack The Joker.

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